quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O natal de tormentas


Essa noite esta tão fria, talvez seja apenas a janela aberta. A chuva lá fora consegue entrar em minha casa e molhar levemente meu chão. O barulho da ambulância me atormenta devagar, sem contar com o barulho do pneu de carros correndo contra o asfalto, também úmido. A musica natalina esta por todos os cantos, luzes invadem minha casa sem ao menos pedir permissão. Logo hoje, logo no momento em que eu mais queria era estar sozinha, em silêncio. O silêncio é tão acolhedor, o som dele consegue confortar-me. As luzes estão apagadas e se não fosse pelas pequenas luzinhas eu estaria no escuro, escuro esse que tanto me ilumina. Será que é tão difícil ter paz no natal? É, eu acho meio complicado, porém, esperarei aqui agoniada por um pouco disso. Enquanto isso, viro-me com as pílulas, até amanha.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A melhor forma de sumir

Ao ver que tudo havia acabado, senti um frio em minha espinha. Minhas mãos gelaram e meu coração saltitava tanto que só conseguia ouvi-lo. Em minha cabeça passou mil cenas de dores futuras e comecei a ficar sem ar. Como viver sem algo que você sempre cultivou? Não sei, mais eu havia de achar uma solução rápida, e mais do que isso... Eu precisava sumir. Não, eu não queria me despedir, admito que sou fraca e louca. Suas palavras permanecem intactas em minha cabeça, palavras essas que cortaram meu coração de gilete, e os pedaços foram jogados no álcool. Eu pensei em junta-lo novamente mais vi que não valia mais à pena. A solução era sentar e chorar, quer dizer, preferia solucionar apenas morrendo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A estação me esgotou...

A leve brisa alisa meu rosto nesta primavera, como se quisesse levar um pouco de minha beleza. Sinto-me como se estivesse sendo sugada, como se algo que me cerca estivesse levando todas as simplórias forças que restavam-me. O vento esta impiedoso nesta tarde, quase que arrastando-me com ele. As folhas velhas da estação caem secas... como eu. O vento alvora meus negros cabelos, fazendo com que alguns até venham em minha boca. Derrepente começa a chover no velho parquinho, a chuva lava meu rosto e consigo sem permissão leva minhas lágrimas. Meu rebelde peito começa a tremer, fazendo com que a camiseta encharcada também trema. Meus pés esfarelam as folhas, enquanto meus olhos inundam-se. Passo a lingua sobre meus lábios, umidecendo-os ainda mais com a saliva. Meu rosto estava completamente borrado e preto... Consequência do forte lápis. Sinto forças passarem por mim, acalentando-me, como se eu fosse uma criança que acabara de se perder dos pais. Sento-me no velho banco de madeira, milhares de fotos passam em minha mente, trazendo-me a infância calorosa e esquecida. Deito-me cautelosamente no mesmo e fito o céu com os olhos embaçados. Fecho-os e ali adormeço, esperando a primavera ir embora, para trazer novamente as minhas forças que estão esgotadas, as unicas...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Erros medíocres...


Voce parece gostar de minhas lagrimas, eu pude ouvir seus risos atrás da porta. As sujeiras estão escondidas, todo amor que voce jurou ser eterno parece estar camuflado. Dói demais ter que olhar em seus olhos e fingir que esta tudo bem, ter que moldar um sorriso para aparentar felicidade... Felicidade essa que não desejo para ninguém, uma felicidade mortífera. Todos os planos que tive com voce foram esfarelados como biscoito. O tempo não passou, estou aqui com o coração na mão e pronta para perdoar todos seus erros medíocres. Ouço seus sussuros e glorificações ao falar ao telefone, não me faça passar por tamanha humilhação, meu amor. Só agora percebo que o tempo todo usei espadas inofensivas para lhe atacar, tornei minha armadura de papel para defender-me de ti. Todos que estão de fora pensam que procuro a dor... Mais não é bem assim. Talvez eu desapareça, sinto muito.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Confissões de um assassino

Não fique ao meu lado, não olhe para mim, nem ao menos pense em descobrir quem eu sou. Não é de minha natureza revelar-me... Deus? Palavra desconhecida de meu vocabulário, Diabo? muito menos. Quando eu era criança as pessoas achavam que eu era bom, até matar meus pais esquartejados. Me levaram para um abrigo de crianças medíocres, claro que fugi... Eu precisava matar, isso sustentava meu corpo. Ver alguém agonizando de dor, é um imensurável prazer. É realmente maravilhoso sentir o cheiro de sangue... Posso ser louco, não ser normal. Pouco me importa, neste mundo ninguém é normal, ninguém agrada... Não sou eu que vou ser o primeiro. Gosto de matar as pessoas aos poucos, como em um jogo maldito. Gritos soam como musicas natalinas, não posso dizer que me trás paz, porém, meu corpo absorve a energia... Torna-se mais compulsivo por matar. Não é doença mental, é apenas um estilo de viver. Ou você mata aqueles à todos, ou todos matarão você. Não há para onde correr, eu escolhi matar... E você?

sábado, 1 de maio de 2010

Manequim...



Eu queria ser uma manequim, parada, de forma elegante e esbanjadora. Eu veria pessoas gordas ou magras demais passarem, almejando meu corpo. Minhas roupas seriam impecáveis, para cada estação surgiria um traje novo. Vestidos graciosos entrariam em sintonia com minha palidez, diamantes e pérolas seriam parte integrante de meu figurino. Se eu fosse uma manequim, em todos lugares eu estaria, todos enxergariam-me. As modelos teriam inveja de mim, eu não faria dieta e continuaria assim, tamanho único, porque seria manequim. Eu ficaria estática atrás de um vidro, sem falar com ninguém. Do que me importa? Pelo menos assim, estaria livre do que chamam de amor, poderiam até arranhar minha estrutura de plástico, porém, é bem mais palpável do que ser perfurado no órgão pulsante.Não haveria defeitos... por mera consequência, não haveria pai, eu não precisaria de mãe e muito menos de amigos. Só haveria eu, uma boneca sem vida. Trancada atrás de um vidro impermeável à sentimentos, condenada a décadas de moda.Oh! como eu queria ser uma manequim

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Relatos de uma quase prostituta


Mais uma vez eu estava naquela boate obscura e arrogante, sem querer ser hipócrita resolvi julga-la, não é isso que todos fazem? Haviam inúmeras pessoas frente ao palco ainda pouco iluminado, podia sentir um calafrio estranho em minha barriga que subia por minha garganta, arranhando-a. As lágrimas teimosas queriam lavar minha rústica face, sem preocupar-se com a dinastia do público que ansiosamente esperavam minha presença. Do lado de dentro das cortinas podia-se ouvir o estrondante som daquele ambiente hostil, com os lábios sedentos olho para a mesa de madeira ao meu lado, só vejo um café gelado e um cigarro agressivamente apagado. Ouço meu nome no microfone, como nunca antes tinha ouvido, aquilo soou dolorosamente em meus ouvidos. Minhas pernas tremeram ao imaginar no que eu iria fazer por míseros dólares sujos. Eu estava prestes a expor meu corpo, a humilhar minha alma perante a mim. É, a única alternativa foi correr desesperadamente, enquanto corria, só conseguia ouvir minha alfegância, meus batimentos acelerando, e claro... A vaia dos repulso.

Variados tons de preto...



Não, não estou de luto, e... não choro a cada segundo por coisas fúteis. Apenas gosto do preto, ando de preto, sigo o preto. Meus olhos além de mensuráveis olheiras é moldado com uma expressa camada de lápis preto. Não sou de seguir padrões de beleza, procuro sempre levar na ironia a opinião dos outros... Porque eles sempre serão apenas os outros. Confesso que é difícil não ter amigos, não ter nem inimigos declarados... ter apenas torpes rondando-me. Eu não ligo mais, meu coração já juntou-se ao meu estilo e agora também é preto. Fui afastando-me das coisas que me angustiavam de alguma maneira, fiquei totalmente isolada em um mundo escuro que eu própria criei. Passei a ouvir musicas histéricas, a ficar alucinada, frustrada, amarrotada. Uma vida de amarguras, uma personalidade obscura, um corpo oculto, um rosto inseguro. O lápis que outrora era passado em meus olhos, fora para o papel, a pele, a unha, os lábios. Eu traçava borrões negros por onde passava, de tudo eu escrevia. Riscos pretos iam fazendo minha marca. Minha pele nem era mais pálida como antes, nem meus pulmões... devido ao cigarro. As pessoas continuavam a me olhar, porém, agora eu já não ligara mais. aprendi a lidar com olhares, aprendi a lidar até comigo mesma. Oh! Eu sou apenas mais um ser, porém, me destaco com meus variados tons de preto.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Oh meu amor !


Eu poderia dizer que minha história é inventada, e que um dia irei criar um belo livro com minhas surrealidades. Ah! como eu queria que isso fosse passageiro, e que todas as minhas mágoas não passassem de pequenas pedras, aquelas fáceis de tirar do caminho. A única coisa que acompanha-me é minha sombra, em mim só sobrou restos de falsas qualidades. Ele se foi, e consigo levou o que de melhor existia em mim...me deixou sem dizer adeus, sem dar-me o ultimo beijo de boa noite. Hoje, sobre seu túmulo alimento essa dor que carrego, adormeço em prantos, acordo em meio de uma vasta embriaguez. Não queria que a culpa caísse sobre meu frágil peito, é como se uma faca de dois gomos perfurasse voraz mente o meu ser... Outrora irei poder olhar em seus olhos cristalinos, e dizer tudo o que preciso, lamento-me porque o tempo adiou o que eu tinha para lhe dizer. Talvez eu não suporte este sufoco e vá ao seu encontro o mais rápido possível. Arrependo-me por te amar do jeito que te amo, oh meu amor! Irei ai te buscar.

Dicas para tirar fotos

Regras básicas: Nunca tire mais de quatro fotos com a mesma roupa , vai parecer que vc só tem essa roupa, tbm não tire muitas fotos no espelho , pois já não está tanto na moda e se torna meio que enjoativo... nunca abuse demais do efeito 'boneca' do seu editor, pois fica muito evidente, não escureça ou deixe clára de mais sua foto e não repita muito as poses.

Meninas e Meninos: primeiro , vc tem qe ter uma câmera de boa qualidade, pois se vc não tiver não tiver nem tente usar como fake. se vc não tiver uma câmera , pode usar um celular de boa qualidade.


Poses legais: Com animais, com amigos e amigas, doces tambem fica legal, praticando algum esporte, na praia, estudando, sentado(a), em lugares verdes, na piscina, com óculos e em festas.


Cabelo e Make gilr: Make - Sempre use um batom, blush, rímel,delineador para olhos ou lápis de olho, esses são básicos. Cabelo - sempre tire fotos com o cabelo arrumadinho, faça escova,chapinha, com rabo de cavalo, solto, com coque, fica bem legal e diferente é vc fazer mexas no cabelo de cores diferentes como rosa,roxa e outras.


Cabelo boy: Moicano fica muito legal nas fotos, cabelo para o lado, pintar o cabelo com splay tambem fica muito legal e boné.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

My Immortal - Evanescence




Estou tão cansada de estar aqui
Reprimida por todos os meus medos infantis
E se você tiver que ir
Eu desejo que você vá logo
Porque sua presença ainda permanece aqui
E isso não vai me deixar em paz
Essas feridas parecem não querer cicatrizar
Essa dor é muito real
Isso é simplesmente muito mais do que o tempo não pode apagar


Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim


Você costumava me cativar
Pela sua luz ressonante
Agora eu estou limitada pela vida que você deixou para trás
Seu rosto assombra
Todos os meus sonhos, que já foram agradáveis
Sua voz expulsou
Toda a sanidade em mim.

Mais um miserável...


Ah! como eu queria ser rico e construir um palácio, onde todos que julgam-me rastejassem aos meu pés. Como eu gostaria de arrancar todas as máscaras de veludo dos rostos dos torpes, só para olha-los nos olhos e dizer o que esta me envenenando. Sei que guardar rancor é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra, mais não me importo pois o veneno já me entorpeceu. Podem rir do meu lamentável estado, podem até virar a cara. Sou apenas mais um miserável vagando nas ruas, esperando o sórdido fim. Não, não pensem que sairei por ai com uma navalha matando o povo, pois sei que a maioria da população vai ao enterro do próprio coração. Não pensem que vim aqui desabafar e nem ao menos assinar minha sentença, vim apenas dizer que quanto mais agente vence, mais se acha um perdedor. Também quero lembrá-los que estou aqui esperando, de camarote... Porque os vencedores precisam de alguém para aplaudi-los para quando a cortina cair. Espero que outrora não se esqueçam de minhas humildes palavras. Só estou neste lamentável estado porque o que as vezes não mata, te faz querer morrer.

Na hora do adeus



não quero que chorem, não quero que sofram e nem que se lamentem. quero que silenciem-se diante de meu túmulo. peço apenas que lembrem-se dos abraços que dei e dos beijos que roubei. espero que não tenham pesadelos, apenas que sonhem comigo. não quero que gritem de desespero, e sim por eu ter libertado-me.desculpem-me por minha fraqueza, não consegui aguentar a dor que me agonizava. peço que não deixem rosas em meu túmulo, pois elas morreriam diante da minha imensurável dor. tragam apenas suas palavras, e um sorriso no rosto de cada um. não gostaria que tocassem uma marcha fúnibre, seria mais agradável uma musica gótica, seria mais palpável. é, espero que não esqueçam meus simplórios e humildes desejos, os ultimos...

As vezes pαrα continuαr nᾶo bαstα αpenαs virαr α pάginα, é preciso rαsgά-lα. Por detrás de uma pessoa que fere, há sempre uma pessoa ferida. Ninguém agride aos outros sem primeiro se auto-agredir. Ninguém faz os outros infelizes, se primeiro não for infeliz